Dr CEP

CEP - Controle Estatístico de Processo

Os ciclos dos gestores nas suas empresas

Olá colegas, estamos juntos mais um mês para abordarmos um tema relevante no cotidiano das empresas, trata-se da simplicidade para resolver problemas e tornar a empresa competitiva. Vamos então ao estudo de sua aplicação.

O dia-a-dia das empresas possui a métrica da medição do quanto (em valores ou números) do quanto estas vendem, do quanto cada cliente compra, ou do quanto se fatura. Com esse ponto de vista corremos o risco de esquecermos do quanto (não visível, o imensurável) deixamos feliz um cliente, o quanto de solução levamos a um cliente ou do quanto de problemas resolvemos para um cliente, e é este “quanto” que difere o medíocre do excelente do surpreendente. Muitos gestores estão preocupados com valores e números e esta visão (capitalista) faz cegar a visão (humanista) de qualidade de negócio. Ainda nesse mundo encontramos os que adotam como estratégia a filosofia a “Lei de Gerson” (tenta levar vantagem em tudo), mentindo ou omitindo para seus clientes.

Isto nos remete a uma discussão que nunca terá fim e muito menos uma receita, mas uma coisa é clara, não sobreviverá no mercado quem não tiver os seguintes predicados:

No “caminho do ótimo” citado por Ichak Adizes os gestores de negócios passariam pelos ciclos Infância, Pré-Adolescência e Adolescência com maior rapidez instalando-se no alto onde todos buscam chegar a plenitude ou maturidade.

Os gestores que chegam a esta situação têm contra si e contra sua empresa um risco: a aristocracia, que é o ciclo seguinte. Começam a se sentir nobres; enchem de orgulho consigo e com seu status e acham que nada os afetará, e que se o cliente não gostar do preço, da qualidade do produto ou serviço ou da qualidade do atendimento (pré-venda,venda e pós-venda), cancele o contrato e não compre mais.

Se uma empresa encontra-se no nível da plenitude ou maturidade para se manter viva será necessário adquirir da simplicidade, pois somente com esta podemos nos tornar o melhor e resolver grandes problemas de maneira simples.

A simplicidade também nos ensina que devemos buscar a melhoria contínua em todas as áreas da empresa e do negócio.

Dr Cep

doutorcep@datalyzer.com.br

Coeficiente de Variação (CV)

É uma medida relativa de dispersão, útil para a comparação em termos relativos do grau de concentração em torno da média.

Coeficiente de Variação

Se CV:

menor ou igual a 15% - Baixa dispersão - homogênea, estável.

Entre 15 e 30% - Média dispersão.

maior que 30% - Alta dispersão – heterogênea.

Exemplo de cálculo do coeficiente de variação.

Coeficiente de Variação

Variação de um Processo – Causas Comuns e Especiais

Dois produtos ou características nunca são iguais, pois todo processo possui várias fontes de variabilidade. As diferenças entre os produtos podem ser grandes, ou elas podem ser muito pequenas, mas elas estão sempre lá. O diâmetro de um eixo usinado, por exemplo, pode ser sensível à variação potencial de um torno (folga, desgaste do rolamento), da ferramenta (esforço, taxa de desgaste), do material (diâmetro, dureza), do operador (precisão em centralizar, habilidade em avançar a ferramenta), da manutenção (lubrificação, reposição de peças gastas) e, até, do meio ambiente (temperatura, flutuação da energia elétrica). Enfim, qualquer processo sempre conterá um grau, menor ou maior, de fontes de variação em sua operação.

Algumas dessas fontes de variação trazem conseqüências em curto prazo (diferenças peça-a-peça, folgas e falhas em uma máquina, precisão de um injetor de essências num tanque, etc). Outras tendem a causar mudanças no resultado em longo prazo, gradualmente, como mudanças no procedimento, desgaste de uma ferramenta, instabilidade no fornecimento de energia elétrica, etc. O intervalo de tempo e as condições em que as medidas são feitas afetarão a quantidade total de variação que estará presente.

Os valores tomados individualmente no correr de um processo podem parecer todos distintos e estar dentro dos requerimentos mínimos, como um grupo, entretanto, eles tendem a formar padrões que podem ser descritos como uma distribuição, que pode ser caracterizada pelos seguintes fatores:

- Localização: valor específico da distribuição;

valor específico da distribuição

- Dispersão: a extensão de variação do menor valor ao maior;

a extensão de variação do menor valor ao maior

- Forma: define o padrão de variação – simétrica, oblíqua, etc.

Padrão de variação

Causas comuns: refere-se às muitas fontes de variação dentro de um processo, que possuem uma distribuição estável e repetitiva ao longo do tempo. Elas funcionam como um sistema estável de causas prováveis. Quando o processo contém apenas causas comuns de variação e essas não se alteram, o resultado do processo se torna previsível e diz-se que ele está sob controle estatístico.

Causas comuns

Causas especiais: também chamadas de causas assinaláveis, referem-se aos fatores que não atuam no processo com freqüência. Quando elas aparecem, a distribuição (global) do processo muda. A presença de causas especiais afeta o resultado do processo de forma imprevisível, tornando-o instável ao longo do tempo, por isso, precisam ser identificadas e corrigidas.

Causas especiais

As mudanças na distribuição do processo, em decorrência de causas especiais, podem ser tanto negativas quanto positivas. No caso de serem negativas, elas precisam ser identificadas e eliminadas. No caso de serem positivas, deveriam ser identificadas, confirmadas e integradas ao processo. Em processos que estão sendo tratados com os princípios da melhoria contínua e em estado de controle estatístico, é possível inserir causas especiais, de forma consistente e controlada, para detectar focos de fragilidade no processo, ou de melhor desempenho ainda oculto. Essas ações, contudo, necessitam que os planos de controle do processo possam assegurar a conformidade com os requisitos do cliente e, ao mesmo tempo, proteger o processo contras outras causa especiais.

Fonte: • Cep Training Megabyte

Até o próximo mês pessoal!

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