A mídia, tanto em anos atrás como atualmente, tem o poder de manipular a população exercendo pressão sobre seu comportamento consumista. Somos incentivados a consumir produtos que são “mais práticos” ou “descartáveis”, e dessa forma os impactos ambientais vêm crescendo, gerando diversos problemas associados.
O contexto de um processo produtivo se resume em transformar a matéria prima em produto pronto para consumo ou não, mas, isso acarreta vários fatores prejudiciais ao meio ambiente, como resíduos sólidos, emissões atmosféricas e efluentes líquidos.
Numa visão de ciclo produtivo, o governo, fabricantes, importadores, comerciantes, consumidores, prestadores de serviço e comunidade não podem omitir sua responsabilidade ambiental diante dos produtos pós-consumo para que no futuro não cause uma poluição ambiental.
Dentro das responsabilidades governamentais, outras atitudes parecem se fazer necessárias para disciplinar um problema ambiental: a falta de recolhimento obrigatório e disposição final adequada de vários produtos que utilizamos e convivemos no cotidiano, desde simples cartões telefônicos a remédios vencidos, das incômodas lâmpadas queimadas, a geladeiras e aparelhos de ar condicionado, que de alguma forma apresentam risco ao meio ambiente e a qualidade de vida das pessoas.
Há produtos, que mesmo sendo considerados inertes ao serem descartados, mesmo sendo recicláveis e aparentemente não oferecendo riscos a segurança do consumidor ou a terceiros, merecem um tratamento semelhante a outros produtos por causar incômodos à qualidade de vida humana. Na verdade há um abismo entre um produto “ser reciclável” e realmente “ser reciclado”.
Cabe ao gestor ambiental decidir qual a melhor forma de disponibilizar os produtos ao consumidor final, sem deixar de cumprir os requisitos legais pertinentes e demais diretrizes estabelecidas pela política ambiental de sua organização. A reutilização e a reciclagem são incentivadas como opções que visam reduzir custos e poupar recursos naturais. Existem outras técnicas paliativas como a inertização, incineração e aterro.
A opção de incineração, vista como solução rápida, pode gerar efeitos colaterais, como a emissão de simples fumaça até a possibilidade de emissão de gases poluentes, tóxicos e venenosos (monóxido de carbono e dioxinas) que podem colaborar para a “chuva ácida” e para o “efeito estufa”.
Os aterros precisam da ocupação do solo e requerer áreas próprias e perenes. Aumenta-se o problema ambiental ao serem continuamente alimentados e sendo esse problema adiado, poderá num futuro apresentar o risco permanente de contaminação do solo e do lençol freático (águas subterrâneas).
Os produtos e embalagens descartados não podem ser considerados como lixo comum. Programas de coleta seletiva realizados em comunidades e municípios só terão efeito e um retorno em meio a uma população conscientizada.
O Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem) divulgou alguns dados que denotam a realidade do lixo no Brasil: céu aberto (76%), aterro controlado (13%), aterro sanitário (10%), usina de compostagem (0,9%) e usina de incineração (0,1%). Em vista destes dados há atualmente um grande desafio para prefeituras e comunidades no futuro.
doutorcep@datalyzer.com.br
O resultado de um processo estatisticamente estável (sob controle) pode ser descrito por sua distribuição. Se a distribuição não estiver localizada apropriadamente, o processo pode produzir itens que não estejam perto o suficiente do valor alvo desejado, sendo que alguns itens podem estar fora da especificação. Um processo desse tipo pode, então, ser avaliado como sendo incapaz em atender às necessidades do cliente. Problemas similares podem ocorrer se a distribuição tiver muita dispersão, independentemente de onde a distribuição esteja localizada.
Uma discussão, porém, da variação do processo e dos índices de capacidade associados têm pouco valor se o processo é imprevisível.
Vamos definir alguns termos importantes para o estudo da capacidade e desempenho de um processo.
Variação inerente do processo: porção da variação do processo devido apenas às causas comuns. Essa variação pode ser estimada nas cartas de controle como por exemplo.
Variação total do processo: essa é a variação devida à totalidade das causas de variação (comuns e especiais). Ela pode ser estimada pelo desvio padrão da amostra, usando todas as leituras individuais obtidas ou de uma carta de controle detalhada ou, até, de um estudo do processo. Ou seja,
onde é a leitura individual,
é a média das leituras individuais e N é o número total das leituras individuais.
Capacidade (capabilidade) do processo: é a amplitude 6 da variação inerente de um processo (estatisticamente estável), onde
é, geralmente, estimada por:
Desempenho do processo: é a amplitude 6 da variação total de um processo, onde
é estimado pelo desvio padrão da amostra.
Cp: índice de capabilidade. Definido como o intervalo de tolerância dividido pela capabilidade do processo, independente da centralização. É dado por:
Cpk: índice de capabilidade que leva em conta a centralização do processo, relacionando a distância entre a média do processo com o limite de especificação mais próximo, com a metade da dispersão total do processo. É dado por: