CEP - Controle Estatístico de Processo
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Programa 10S e a crise de imagem
Neste informativo, apresentamos um resumo do artigo "Programa 10S e a crise de imagem", escrito por José Ailton Baptista da Silva, membro da American Society for Quality, e publicado na edição de dezembro de 2007 da revista Banas Qualidade. O programa 10S brasileiro, que ampliou e aperfeiçoou o programa 5S japonês, é uma proposta que visa:
O programa 10S também contribui para diminuir a possibilidade de ocorrência de crises de imagem. A forma como a imagem de qualquer organização é cultivada pelos seus líderes, percebida pelos que a compõem, e como é transmitida para clientes, fornecedores, prestadores de serviços, governo e toda a sociedade, é influenciada pelos valores éticos, morais e culturais praticados e disseminados durante a realização das atividades do dia-a-dia. É necessário antecipar as crises de imagem, pois podem destruir a credibilidade conquistada junto aos clientes e parceiros. Até chegar ao 10S, algumas etapas foram desenvolvidas:
É ideal que as empresas que querem melhorar seus resultados implantem o 10S integralmente. Também pode ser implantado um S de cada vez, iniciando-se por um levantamento que indique qual S é prioritário no momento. Para saber se o programa está ou não sendo eficaz, é preciso realizar uma avaliação, acompanhando os critérios definidos para cada S. Um plano de implantação deve ser desenvolvido para o acompanhamento do programa 10S. O modelo 5W1H é o ideal, destacando:
Dessa forma pode-se melhorar os resultados, destacar-se em seu ramo de atividade e prevenir-se contra crises de imagem que possam atingir sua organização ou seu setor. O papel do líder, em primeira instância, é prover seus liderados de tudo o que for necessário para que eles se desenvolvam pessoal e profissionalmente, para atingir a plenitude de suas competências no sentido de alcançar as metas esperadas. O líder deve estar preparados para administrar conflitos e respeitar as diferenças, utilizando as habilidades mais fortes dos liderados. Resumindo: o líder deve servir de inspiração e influência para seus liderados, o que só é possível com o desenvolvimento de autoridade, pelo uso de liderança e influência e de confiança que serão conseguidos por meio de um comportamento consistente, verdadeiro, respeitoso e ético. Não é exagero dizer que o líder não trabalha para a empresa e sim para seus liderados, e estes são os responsáveis pelos resultados da empresa.
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![]() doutorcep@datalyzer.com.br |
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Carta de Controle X-S Nesta edição do informativo Dr. CEP, iremos atender a uma solicitação de um visitante de nosso site que solicitou-nos mais informações sobre a carta de controle X-S. Envie também suas dúvidas para nós! No informativo do mês de dezembro de 2006, que pode ser acessado no endereço http://www.datalyzer.com.br/site/suporte/administrador/info/arquivos/info63/63.html , exemplificamos a criação de uma carta de controle por variável X-AM (Média – Amplitude Móvel), que é utilizada para tratar dados individuais, ou seja, processos em que o tamanho do subgrupo de amostras é igual a 1. Já as cartas X-R (Média e Amplitude) e X-S (Média e Desvio-padrão) são mais robustas que a carta X-AM e trabalham com subgrupos que possuem mais de uma amostra. Estas duas cartas trabalham com o princípio da normalidade das distribuições amostrais. Esse princípio diz que a distribuição das médias das amostras pode ser distribuída normalmente mesmo que a distribuição dos dados individuais não o seja. Segundo Costa Neto (1992, p. 48) uma amostra de quatro ou cinco elementos já é suficiente para considerar a distribuição das médias das amostras como uma distribuição normal. Considere os seguintes subgrupos de amostras para o exemplo de desenvolvimento de uma carta X-S que possui limite de especificação igual a 2,50, e superior igual a 3,5 e alvo igual a 3,0: ![]() Observe que foram coletadas 25 amostras divididas em 5 subgrupos. O primeiro passo é calcular a média do processo, que corresponde à soma de todas as amostras dividida pelo número de amostras: ![]() O próximo passo é calcular o desvio-padrão de cada subgrupo, que é dado pela seguinte fórmula: ![]()
Onde: Antes, observe que é necessário calcular a média de cada subgrupo: Média do Subgrupo 1 = (2,54 + 2,33 + 3,38 + 3,20 + 2,97) / 5 = 2,884Média do Subgrupo 2 = (2,50 + 3,10 + 2,86 + 2,94 + 3,15) / 5 = 2,91 Média do Subgrupo 3 = (2,57 + 2,69 + 3,44 + 2,52 + 2,69) / 5 = 2,782 Média do Subgrupo 4 = (2,97 + 2,64 + 2,83 + 3,30 + 3,45) / 5 = 3,038 Média do Subgrupo 5 = (3,26 + 2,98 + 2,67 + 3,10 + 3,45) / 5 = 3,092 O desvio-padrão de cada subgrupo é calculado em relação à média do subgrupo: ![]() O mesmo processo deve ser feito para calcular o desvio-padrão dos subgrupos 2, 3, 4 e 5, cujos resultados são os seguintes: S2 = 0,257 S3 = 0,375 S4 = 0,333 S5 = 0,295 Após calcular o desvio-padrão de cada subgrupo, deve ser calculado o desvio-padrão médio do processo, que é dado pela seguinte fórmula: ![]()
Onde: Portanto, o desvio-padrão médio é igual a: ![]() Após calcular o desvio-padrão médio do processo, resta apenas calcular os limites de controle das cartas X e S. Limites de Controle da Carta X![]() ![]() Onde:
Limites de Controle da Carta S ![]() ![]()
![]() Portanto, percebe-se que o valor do fator A3 para 5 amostras é 1,427, o valor de B3 é 0,000 e o valor do fator B4 é igual a 2,089. Com todos os valores já conhecidos, o próximo passo é calcular os limites das cartas X e S, conforme as fórmulas que foram citadas anteriormente. Limites de Controle da Carta X UCLx = X + A3(n) . SUCLx = 2,94 + 1,427 . 0,3402 UCLx = 3,425 LCLx = X - A3(n) . S LCLx = 2,94 - 1,427 . 0,3402 LCLx = 2,455 Limites de Controle da Carta S UCLs = B4(n) . SUCLs = 2,089 . 0,3402 UCLs = 0,711 LCLs = B3(n) . S LCLs = 0,000 . 0,3402 LCLs = 0,000 Para finalizar o desenvolvimento da carta X-S, os gráficos devem ser construídos. Para facilitar essa etapa, utilizamos o software para CEP Datalyzer Spectrum. Observe a figura abaixo: ![]() |
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Até a próxima edição! |
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