CEP - Controle Estatístico de Processo
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Uma empresa de sucesso é capaz de atender as expectativas de seus clientes e usuários quanto à qualidade de seus produtos e serviços e ao atendimento. Para dar grandes passos até esse estágio, os empresários devem conhecer o processo operacional da empresa e refletir sobre uma pergunta: Quanto sou melhor ou pior que meus concorrentes? A resposta vem sempre do mercado, onde a melhor Qualidade, o melhor preço e o melhor atendimento definem o sucesso ou não da empresa. Para atender esses requisitos, há necessidade de padronização dos produtos/serviços e dos processos. Os padrões fazem parte de nosso cotidiano há anos. Vejamos alguns exemplos:
Tudo isso só é possível porque existem padrões. Imagine em uma padaria, cada vez que fosse produzir pão, se cada padeiro o fizesse com uma receita diferente e um molde diferente. Teríamos pães com formatos, tamanhos e pesos desiguais com gostos diferentes, uns mais doces e outros mais salgados, seria uma tortura para o cliente poder comprá-los, pois precisaria prová-los um a um antes de levar. Fica fácil de imaginar, o prejuízo do padeiro quando o cliente provar, mas não quiser levar. Nota-se também que o cliente perderá muito tempo nesta compra, preferindo fazê-la em outro lugar. Tudo isso por falta de uma padronização do produto e do processo. Como estabelecer um padrão? Reunir as pessoas envolvidas no processo para debaterem e chegarem a um consenso talvez seja a melhor forma. Pois sem um acordo entre as partes, a execução pode não seguir o que é estabelecido. Como treinar as pessoas para que sigam o padrão? Através das rotinas. Documente os procedimentos que serão seguidos e evite orientações verbais, para que esteja claro a todos os colaboradores o "como fazer". Isso auxiliará o sucesso da empresa na execução dos processos. Outra vantagem destacada na padronização de procedimentos e rotinas é a possibilidade de melhorias decorrentes de falhas existentes, podendo corrigi-las de modo a evitar sua reincidência. Esta prática chama-se gerenciamento da rotina e é feita através de melhorias constantes e da manutenção dos processos existentes, objetivando o aperfeiçoamento contínuo da Qualidade. Nesta prática, todas as alterações devem ser documentadas e repassadas a todos os colaboradores para que os procedimentos sejam atualizados completamente. Vale lembrar que as rotinas devem ser simples, de fácil entendimento e devem conter os padrões necessários, tais como: padrões especificados pelos clientes; padrões técnicos; padrões de produtividade e também os fluxos de informações. Lembre-se sempre de que a padronização é apenas um meio de conseguir melhor Qualidade. Então, mãos à obra!
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Talvez essa seja uma das dúvidas mais constantes na fase de aprendizagem das Cartas de Controle. Logo abaixo, são descritas algumas dicas para a escolha da Carta de Controle mais adequada a um processo. Cartas de Controle por Variáveis Carta X-Am Esse tipo de carta de controle é utilizado quando o tamanho do subgrupo de amostra é igual a um, sendo necessário calcular a amplitude entre os subgrupos (Amplitude Móvel). Alguns exemplos de aplicação desta carta são:
Carta X-R Esse tipo de carta de controle é adequado quando são utilizados subgrupos que possuem entre 2 e 9 amostras. Das cartas de controle por variáveis essa é a mais freqüentemente aplicada na indústria. Invariavelmente, o tamanho do subgrupo situa-se em torno de 4 ou 5 amostras. Na prática, o tamanho da amostra deve ser determinado com base na capacidade de detecção de mudanças. Porém, à medida que o tamanho do subgrupo aumenta, diminui a sensibilidade da amplitude R como estimador do desvio-padrão do processo. Montgomery demonstra que, para subgrupos com tamanho próximo de 10, a amplitude perde significativamente sua sensibilidade como estimador (MONTGOMERY, 1991, p. 204). A tabela abaixo apresenta a "eficiência relativa" do estimador R em função do tamanho do subgrupo "n":
Eficiência relativa do estimador R (MONTGOMERY, 1991,p. 204)
Carta X-S Esta é uma opção para a carta X-R quando o tamanho das amostras é maior ou igual a 10. Na prática esse modelo de carta de controle não é freqüentemente utilizado, pois muitas vezes as amostras desse tamanho são inviáveis economicamente. No entanto, assim como para a carta X-R o tamanho da amostra deve ser calculado com base na capacidade de detecção de mudanças no processo, como será visto no item 5.2.7. Cartas de Controle por Atributos Carta p A carta de controle "p" é utilizada quando o característico de qualidade de interesse é representado pela proporção de itens defeituosos produzidos. Alguns exemplos são:
Carta c A carta "c" é utilizada quando se deseja controlar o número total de defeitos em uma unidade do produto. Alguns exemplos são:
Carta u A carta "u" tem a mesma aplicação da carta "c". A única diferença é que o tamanho do subgrupo para a carta "u" é maior do que um. Assim um exemplo seria o controle do número de riscos em duas chapas metálicas. Logo, para esse caso o tamanho do subgrupo é de 2 amostras. Carta np A carta "np" aplica-se aos mesmos casos da carta "p". Entretanto, esse carta é utilizada quando se deseja saber o número de itens não-conformes em vez de conhecer a proporção de itens defeituosos. Diferenças básicas entre as cartas por variáveis e por atributos Uma vantagem das cartas por atributos é permitir o controle de mais de um característico de qualidade em uma única carta, pois a medição consiste em identificar se o item está conforme ou não-conforme em relação às especificações de determinados característicos de qualidade. Por outro lado, uma carta por variável exige geralmente uma medição mais complexa. Basicamente, para cada característico selecionado é necessário um conjunto de cartas de controle (na realidade são duas cartas: uma para controle da média e outra para controle da dispersão do processo). Logo, sob o ponto de vista prático, as cartas por atributos são mais fáceis de serem manuseadas e apresentam, em geral, um menor custo de medição. Entretanto, deve-se considerar, ainda sob o ponto de vista do custo de amostragem, que as cartas por variáveis exigem um menor tamanho de subgrupo, fato esse que pode ser vantajoso dependendo do característico de qualidade (um exemplo são os processos que exigem medições destrutivas). As cartas por variáveis apresentam muito mais informações (por exemplo, sobre a média, a variabilidade e a capacidade do processo) do que as por atributos, facilitando a identificação do motivo das causas especiais que ocorrem no processo. Entretanto, a principal vantagem das cartas por variáveis sobre as cartas por atributos é relacionada ao controle do processo em si. As cartas por variáveis permitem que ações preventivas sejam executadas antes que muitas peças defeituosas sejam produzidas. Já as por atributos permitem que ações corretivas sejam executadas após ter sido produzidas uma relativa quantidade de itens defeituosos.
Bom trabalho e até a próxima edição.
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